quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vigilância da Qualidade da água em piscinas



    Como referi anteriormente, após  termos realizado o controlo da água, nomeadamente o controlo da Legionella, fomos realizar a vigilância da qualidade da água nas piscinas municipais de São Braz de Alportel.

   À autoridade de saúde compete assegurar de forma regular e periódica, a vigilância sanitária da qualidade da água para consumo humano e recreativo, assim tendo em conta  as competências dos TSA, faz parte realizar as colheitas, com vista a vigilância das piscinas em termos de análise bacteriológica (superficial e profundidade) e análise química. A vigilância é feita uma vez por mês.

   O material necessário para realizar a colheita de amostra é o seguinte:

  •  Frasco de vidro ou polietileno de capacidade adequada (500ml e com tratamento para águas cloradas); esterilizado interior e exteriormente;
  • Frasco de mergulho de capacidade adequada (500ml), esterilizado;
  • Frasco de polietileno de capacidade adequada (500ml), para amostras para análise química;
  • Cordas de algodão ou nylon, esterilizáveis;
  • Luvas descartáveis;
  • Botas descartáveis;
  • Mala térmica;
  • Termoacumuladores;
  • Fotômetro;
  • Termômetro.

   Quanto às análises, a análise bacteriológica deve ser efetuada junto ao rebordo interno da piscina, no ponto mais afastado da entrada de água da piscina. Existe dois tipos de análise bacteriológica: análise bacteriológica à superfície e a análise bacteriológica em profundidade.

Relativamente à análise bacteriológica à superfície, os procedimentos a seguir são os seguintes:

  • Colocar luvas esterilizadas;
  •   Remover a tampa do frasco esterilizado, somente junto à água (a tampa deve ser conservada na mão, segurando-a com a parte inferior voltada para baixo);
  • Encher o frasco executando pequenos movimentos circulares e lentos à superfície da água, com o cuidado de manter o frasco bem seguro na mão e sempre voltado para a frente (não se deve encher completamente o frasco, nem enxaguar).
  • Retirar o frasco e fechá-lo bem;
  • Proceder à identificação da amostra.
  • Acondicionar os frascos em mala térmica, aproximadamente a 4ºC; 
  • Transportar as amostras para laboratório num prazo inferior a 6 horas.
   Relativamente à análise bacteriológica em profundidade, os procedimentos a seguir são os seguintes:
  • Ter frasco de mergulho ou frascos normal;
  • Colocar luvas esterilizadas;
  • Prender as cordas aos dispositivos da armação do frasco, mantendo este dentro da caixa de proteção; 
  •  Retirar a tira de papel que impede a tampa de colar ao gargalo, sem nunca tocar neste (caso se verifique a sua existência);
  • Submergir o frasco à profundidade pretendida;
  • Acionar a corda de abertura do frasco; 
  •  Depois de o frasco estar cheio, fecha-se o frasco e retira-se com cuidado;
  • Segue-se a identificação do frasco; 
  •  Coloca-se o frasco na caixa metálica e acondiciona-se o frasco em mala térmica, a uma temperatura de aproximadamente 4ºC;
  • Transporte das amostras para laboratório (nunca transportar as amostras num prazo superior a 6h, pois a amostra deixa de estar nas condições ideais).

   Quanto à análise química em profundidade é feita do mesmo modo que a análise bacteriológica em profundidade.


Ficam algumas fotografias: 


Colheita e água à superfície


Colheita de água à superfície


Colheita de água em profundidade


Medição do pH e Cloro Residual Livre


Equipamento necessário: mala térmica; caneta para identificação dos frascos e fotômetro


Edifício das Piscinas Municipais visto de fora






   Agora o leitor pergunta? Porque devo eu tratar da água da minha piscina? 
    A resposta é muito simples, se não tratar da água da sua piscina, esta a colocar em risco a sua saúde e a daqueles que a utilizam. Para além disto, deve tratar da água da sua piscina porque:
  •  Mantém a beleza e a cristalinidade da piscina; 
  • Evita a proliferação de algas na piscina; 
  • Mata bactérias e outros microrganismos causadores de doenças que podem ser transmitidas através do uso da piscina;
  •  Eliminar odores desagradáveis da piscina;
  •  Remover toda matéria orgânica e inorgânica que possa estar a contaminar a água da piscina, como folhas, urina, suor, bronzeador e etc…
   Para tomar mais consciência do perigo que correm, dou a conhecer algumas doenças que pode apanhar ao entrar em contato com água não própria para fins recreativos:
  • Gastroenterite;
  • Sarna;
  • Conjuntivites;
  • Infecções ao nível da pele;
  • Otites;
  • Dermatoses;
  • Micoses ...
Fonte: 








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