quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Águas Termais


 Olá a todos!
   O estágio (infelizmente) aproxima-se do fim mas até terminar há trabalho a fazer, coisas a aprender, coisas a ensinar e coisas a dar a conhecer.
   O tema que vos quero dar a conhecer um pouco nesta publicação, refere-se às águas termais, o que são, quais os beneficios e riscos para a saúde, águas termais existentes no país...

   Para começar, o que são águas termais, como são classificadas:
  
   No que se refere à composição química:

  • Quanto á mineralização total o Instituto de Hidrologia de Lisboa propõe a classificação seguinte: 
    • Águas Hipossalinas: mineralização total inferior a 200 mg/l;
    • Águas fracamente mineralizadas: mineralização total entre 200 e 1000 mg/l;
    • Águas Mesossalinas: mineralização total entre 1000 e 2000 mg/l;
    • Águas Hipersalinas: mineralização total superior a 2000 mg/l. 
     

    Curto Simões (1993), apoiada na classificação do Instituto de Hidrologia de Lisboa propõe as classes seguintes para as águas minerais portuguesas, baseadas na composição química, a saber:
     
    • Águas hipossalinas - cuja mineralização total é inferior a 200 mg/l.  
    • Águas sulfúreas - as que contêm formas reduzidas de enxofre. Neste grupo podem ser diferenciadas: as sulfúreas primitivas (em que ainda há a distinguir as de pH <8,35 e pH> 8,35), as que não apresentam valores característicos das sulfúreas primitivas em alguns parâmetros, e, as sulfúreas de transição. As sulfúreas primitivas têm como iões dominantes o HC03 -e o Na , altas percentagens de sílica e flúor, são fracamente mineralizadas e têm dureza muito baixa;
       
    • Águas gasocarbónicas - caracterizadas por terem mais de 500 mg/l de CO2livre. São hipersalinas, anião dominante HC03 -(> 90% dos mval), catião dominante o Na (raramente o Ca2 ), têm baixa percentagem de sílica (< 4%), baixa percentagem de flúor (< 1,5 %) e razão a1calinidade/Resíduo Seco muito elevada (> 16). Há a distinguir. (i) as hipotermais com pH == 6 (sódicas ou cá1cicas), (ii) das hipertermais com pH == 7 (sódicas);
       
    • Águas bicarbonatadas, cujo ião dominante é o HC03-. São hipotermais, com alta percentagem de M1 , pH == 7, dureza total com valores elevados e percentagens de sílica e flúor muito baixas. Há a distinguir: as cá1cicas, fracamente mineralizadas, das mistas (sódico-cá1cicas), mesossalinas.
       
    • Águas cloretadas, cujo ião dominante é o cloreto. O catião dominante é o Na com percentagens de sílica e flúor muito baixas, mesotermais. Há a distinguir as hipersalinas com pH == 7 das fracamente mineralizadas de pH > 7;
       
    • Águas sulfatadas, cujo ião dominante é o sulfato.São­ hipersalinas, hipotermais, catião dominante Ca2 , percen­tagens de sílica e flúor muito baixas e muito duras.

      As águas Bicarbonatadas são águas normalmente de baixa mineralização, alcalinas e frias e estão indicadas para problemas de digestão.


    As Sulfurosas são águas ricas em enxofre e são usadas para problemas articulares, anemias, dermatoses e inflamações e atenção, estas águas estão contra-indicadas em casos de hipertensão.


     As Sulfatadas são águas ricas em sódio e são usadas em problemas gástricos, dermatológicos, intestinais e na eliminação do ácido úrico.


    As Cloretadas são águas ricas em cloro e de baixa mineralização e estão indicadas para problemas dermatológicos e inflamatórios e ainda tonificam e estimulam o organismo.
     
         As Ferruginosas são águas ricas em ferro e estão indicadas para casos de anemia e são utilizadas  em     casos de reumatismo, problemas hepáticos, biliares e dermatológicos.
 Após uma pequena descrição da classificação das águas, o nome Hidrologia Médica diz-vos alguma coisa? Eu sinceramente não conhecia mas fiquei a conhecer e como é obvio vou dar a conhecer a todos aqueles que me leem o que é.  - Hidrologia Médica: Ciência que estuda a acção da Água Mineral Natural sobre o organismo e a sua aplicação para fins terapêuticos.

   Mais simples não podia ser ou seja, estuda nomeadamente os tratamentos que podem ser feitos através das águas termais, visto que os tratamentos termais constituem uma importante ferramenta terapêutica, com resultados comprovados.
   O tratamento termal pode definir-se como um conjunto de técnicas dirigidas para facilitar o contacto entre a água mineral natural e outros meios complementares, e a pessoa susceptível de ser tratada - o aquísta.   Em sentido restrito, o tratamento termal provoca um conjunto de efeitos que se obtém graças à composição específica da água mineral natural, coadjuvado pelos efeitos derivados do ambiente termal e da aplicação das técnicas. A saúde e a prevenção são o objeto primordial do tratamento termal. Sinónimos de tratamento termal são o tratamento mineromedicinal ou hidromineral e também a crenoterapia.
    "O tratamento termal é obrigatoriamente prescrito por consulta médica e realizado no Balneário Termal, estando plenamente comprovada a eficácia da medicina hidrológica permitindo aos aquistas beneficiarem de efeitos coadjuvantes proporcionados pelo meio ambiente envolvente.
   Está plenamente comprovada a eficácia da medicina hidrológica (especialidade reconhecida pela Organização Mundial de Saúde) relativamente ao combate às doenças da civilização, a diversas doenças crónicas e inúmeras perturbações funcionais. Estudos realizados em diversos países, incluindo Portugal, demonstram que os tratamentos termais contribuem para a diminuição do consumo de fármacos, para a diminuição dos dias de baixa por doença e para a diminuição do absentismo ao trabalho". (Termas de Portugal - Hidrologia Médica).



   Graças às virtudes das águas minerais naturais, é cada vez maior o número de Estâncias Termais que oferecem programas complementares aos tratamentos clássicos, em Portugal.
   A oferta dirige-se principalmente às pessoas que tem como objetivo usufruir simultaneamente dos aspectos lúdicos, turísticos e terapêuticos que só as Estâncias Termais podem proporcionar. Também nesta oferta, a vertente terapêutica é importante, proporcionando ao cliente a reposição do equilíbrio orgânico, funcional e mental através de duches, banhos, massagens, saunas, estética, etc, com programas de curta duração (fim de senana, semana). 
   Os tipos de tratamentos e técnicas que são efetuadas são os seguintes:
  • Técnicas Termais de caráter preventivo;
  • Tratamentos revitalizantes;
  • Tratamentos anti-stress;
  • Descanso físico, psíquico e emocional;
  • Tratamentos que visam modificar hábitos reconhecidamente nefastos à saúde (tabagismo, maus hábitos alimentares, etc... );
  • Tratamentos de beleza e estética, etc...

   Para saber quais as termas que existem em Portugal, basta ir aqui

   Esta semana tive a oportunidade de visitar as Termas de Monchique, as únicas que existem no Algarve. As águas destas Termas são provenientes dos ricos solos da Serra mais alta do Algarve, sendo de origem Bicarbonatada, sódica e rica em Flúor. Este tipo de águas aqui existentes são indicadas para Afecções das Vias Respiratórias, como a Asma, Bronquite, alergias, rinite, sinusite...; e ainda Afecções Musculo-Esqueléticas, como tensão muscular, tendinites, artrite, artrose, espondilite...
  Sendo o único complexo Termal do Algarve, está aberto todo o ano para Tratamentos Médicos Termais e de Bem-Estar. Com cerca de 1250 m2, tem à disposição uma enorme variedade de equipamentos, para os mais diversos tratamentos, tais como nebulizações, aerossol sónico, irrigações nasais, a piscina de hidromassagem, hidromassagem em banheira, aerobanho, duches de jacto e de Vichy, aplicação de lamas e diversas massagens, sauna, banho turco e ginásio. Para saber mais sobre estas Termas, basta clicar aqui.

   Tendo em conta que me preocupo com o bem-estar de todos aqueles que por aqui passam para saber um pouco mais sobre Saúde Ambiental, deixo um resumo dos benefícios e precauções a ter, consoante os tipos de classificação de águas:


Águas Bicarbonatadas



Águas Sulfatadas


Águas Cloretadas


Águas Sulfúreas


Águas Hipossalinas
  Para concluir, referir que um TSA que trabalhe numa Unidade de Saúde Pública, tem uma palavra a dizer sobre a qualidade das águas termais, tendo em conta que o D.L 117/95 define que compete ao TSA na àrea de  Hidrologia e Hidroterapia, promover e participar em acções de vigilância e avaliar periodicamente as condições sanitárias dos estabelecimentos termais e de engarrafamento de água para consumo humano e foi isto, que esta semana tive oportunidade de realizar nas Termas de Monchique.




   Obrigada a todos aqueles que me leem e para mais informações basta fazer um comentário à publicação que eu responderei com brevidade.


Fontes:


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sem ela não vivemos - Água para Consumo Humano

    



 
"Muitas pessoas tomam a água como certa: abrem a torneira e sai água. Ou vão ao supermercado, onde podem escolher entre dúzias de marcas de água engarrafada. Mas para mais de mil milhões de pessoas no nosso planeta, a água pura está fora do seu alcance. E cerca de 2,6 mil milhões de pessoas não têm acesso a saneamento adequado. As consequências são devastadoras. Perto de 2 milhões de crianças morrem todos os anos de doenças relacionadas com água suja e com mau saneamento, muitas mais do que as que morrem em resultados de conflitos violentos. Entretanto, por todo o mundo, a poluição, o consumo excessivo e a má gestão da água estão a diminuir a qualidade e a quantidade da água... O acesso a água segura é uma necessidade humana fundamental e um direito humano elementar. E a água e o saneamento estão no centro da nossa luta para permitir que as pessoas de todo o mundo, e não apenas uns quantos privilegiados, possam viver com dignidade, prosperidade e paz."
Kofi Annan 
Secretário-Geral Nações Unidas
(De 1 de janeiro de 1997 a 1 de janeiro de 2007)

   Olá a todos os meus seguidores, espero que esteja tudo bem com vocês. O tema que vos trago hoje como já devem ter percebido é sobre Águas para Consumo Humano. O tema que vós trago Hoje, podem achar não ser tão interessante para vocês, mas por favor, não deixem de ler!
  Atualmente consideramos a água como um bem garantido mas isso não é verdade e também não é verdade que não dá trabalho trazer água própria para consumo humano até às nossas torneiras. Muito se faz para que tenhamos água na torneira mas muito mais fazem aqueles que não a têm.

   Mas o que é a água para consumo humano? O D.L nº 306/2007, de 27 de Agosto define água destinada ao consumo humano, como:
  • "Toda a água no seu estado original, ou após tratamento,destinada a ser bebida, a cozinhar, à preparação de alimentos, à higiene pessoal ou a outros fins domésticos, independentemente da sua origem e de ser fornecida a partir de uma rede de distribuição, de um camião ou navio- -cisterna, em garrafas ou outros recipientes, com ou sem fins comerciais;
  •  Toda a água utilizada numa empresa da indústria alimentar para fabrico, transformação, conservação ou comercialização de produtos ou substâncias destinados ao consumo humano, assim como a utilizada na limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto com os alimentos, exceto quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género alimentício
    na sua forma acabada"
   Ou seja, a água para consumo humano é aquela que (num estado geral)  está na nossa torneira e basta abrir e segundos depois ela está a correr, mas até ela chegar é preciso "caminhar" muito.

    Ora vejam um resumo do processo:

Processo de tratamento

Resumo da operação

   

   Como pode observar, primeiro dá-se o processo de captação da água; está depois segue para tratamento (Floculação, Decantação,filtração); segue-se a adução; armazenamento e distribuição aos consumidores.

   Quanto à Qualidade da Água, este  parâmetro é importante, pois não basta apenas fazer a captação, o tratamento e distribuição. O tratamento tem que ser efetuado da melhor maneira e por técnicos especializados, caso contrário, a saúde pública é colocada em causa.
   A qualidade da água para consumo humano é um indicador essencial para a avaliação do nível de desenvolvimento de um país e do bem-estar da sua população.
    "Em Portugal tem-se verificado uma evolução muito positiva, quer quanto à qualidade da água distribuída, quer quanto à realização do número de análises obrigatórias para o seu controlo. Com efeito, os últimos dados nacionais conhecidos não deixam quaisquer dúvidas sobre este assunto, evidenciando uma clara melhoria no controlo da qualidade da água na última década. Conforme consta do relatório anual sobre o “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, a água para consumo humano em Portugal confirma a excelente qualidade. Com o indicador de água segura acima dos 98%, pode garantir-se aos portugueses que podem beber água da torneira com confiança.Esta situação, conjugada com o facto de o quadro da regulação ser cada vez mais exigente, representa uma efetiva melhoria da qualidade da água nos últimos anos. De facto, a percentagem de cumprimento dos valores paramétricos coloca-nos ao nível dos países mais desenvolvidos da Europa ocidental."

Em 2012, em Portugal 98,20% da água para consumo humano era segura - PORDATA


   Em Portugal a água é dada como segura, mas e no resto do Mundo? No resto do Mundo, as coisas não funcionam como em Portugal. Como referi logo no inicio do texto, a água potável não existe de forma igual em todos os sítios e na maioria nem existem, ou então, nem todos tem acesso, quando é pouca.
   Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a cada 15 segundos, uma criança morre vitima de doenças relacionadas com a falta de água potável, de saneamento e de condições de higiene e anualmente morrem 3,5 milhões de pessoas no mundo devido a problemas relacionados com um inadequado fornecimento de água. No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos efetuado pela ONU, destaca que quase 10% das doenças registadas no mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem num melhor acesso à água. (Fonte- FAMMA)
   É realmente assustador como é que isto ainda acontece atualmente? E o que mais me indigna é que apenas os mais ricos, nos países mais pobres têm acesso à água potável, os "outros" que "procurem" água potável. É cada vez mais importante que organizações como a ONU, a Unicef, União Europeia...façam força para que existam mais políticas de acesso à água potável para todos os povos e que esta seja de boa qualidade, pois somos todos iguais, eu não sou melhor que o "Joaquim", nem o "Joaquim" é melhor que eu! Somos ser humanos e como tal, todos temos os mesmos direitos, pois sem água não sobrevivemos.

   Alguns fatos sobre a água:
  • Num adulto, o total de água corporal corresponde entre 52 a 66% do peso do corpo;
  • Ao bebermos água diariamente, estamos a zelar pela nossa saúde geral e juventude da pele;
  • A água é essencial à sobrevivência dos seres vivos, nomeadamente aos humanos;
  • 97% da água do Planeta é água do mar, 2% está contida nos glaciares e icebergs. A restante (1%) está no interior da Terra, muitas vezes a grandes profundidades, impedindo a sua exploração. Assim, apenas 3% da água existente na Terra é doce;
  •  Mais de metade das reservas de água no mundo encontram-se concentradas em apenas 10 países;
  • Os pulmões são compostos por quase 90% de água;  
  • 82% do sangue é água;
  • A falta de água é a principal causa de cansaço durante o dia.


   O TSA também tem um papel importante (bem como noutras áreas) no que diz respeito à qualidade da água para consumo humano, visto que realiza colheitas de água para consumo humano no âmbito do "Programa de Prevenção da Qualidade da Água para Consumo Humano" como forma de vigiar a qualidade da água distribuída à população e identificação de perigos e riscos que possam existir para a saúde. Esta vigilância é feita por um TSA na área da saúde pública e o objetivo principal para além de minimizar os riscos e perigos é permitir que a água para consumo humano que chega às nossas torneiras seja boa, que cumpra os parâmetros e assim levar o consumidor a consumir água da torneira e diminuir o consumo de água engarrafada.
 
   Esta semana, no âmbito do programa referido anteriormente, realizei colheitas de água de consumo humano. Ainda não tinha efetuado nenhuma e gostei bastantes de fazer, senti apenas uma pequena dificuldade em ligar o flamejador, mas resolveu-se.

   Fica os procedimentos que se deve seguir para realizar a colheita:
  • Colocar as luvas descartáveis ou lavar as mãos com uma solução alcoólica (facultativo);
  • Retirar os acessórios da torneira (se existir);
  • Abrir a torneira de 1 a 2 minutos (para que saia a água estagnada do cano);
  • Flamejar a torneira de modo a destruir o máximo de microrganismos, impedindo assim que estes alterem a qualidade da água;
  • Abrir a torneira novamente;
  • Tirar a tampa do frasco, mantê-la virada para baixo e perto da torneira;
  • Encher o(s) frasco(s):
    •  Frasco para análise microbiológica – colocar o frasco inclinado e não o
      encher na totalidade (para no laboratório ser agitado de modo a
      homogeneizar a água).
    •  Frasco para análise físico-química – não necessita de estar inclinado,
      no entanto deve ser totalmente preenchido de água.
  • Colocar a tampa no frasco fechando-o devidamente;
  • Etiquetar o frasco e preencher a folha de boletim de colheita;
  • Acondicionar os frascos na mala térmica de transporte e levá-la ao laboratório dentro de um período de 6 horas.
   Ficam algumas imagens da colheita:


Torneira onde foi efetuada a colheita


A retirar os acessórios da torneira


Abrir a torneira


Flamejamento da torneira


Colheita de água


A fechar o frasco




Fontes:



sábado, 23 de novembro de 2013

Resumo da VIII Semana de Estágio

    Olá a todos os meus seguidores.
    Mais uma semana decorreu e muito fiz e principalmente, muito aprendi.

   Fica um resumo do que fiz:

  • Segunda-feira - Colheita de alimentos (para saberem como se faz, aqui);
  • Terça-feira -  foi um dia dedicado à realização de uma vistoria a um Lar de idosos, em Albufeira (para saberem mais, aqui);
  • Quarta-feira - colheita de água na piscina municipal de Olhão (para saberem como se faz, aqui);
  • Quinta-feira - Vistoria a uma  urbanização, com o intuito de resolver uma queixa de insalubridade (água de esgotos a correr a céu aberto) mas no momento em que nos deslocamos, não se encontrava nada no local;
  • Sexta-feira - Vistorias a Consultórios e Clínicas Dentárias (aqui).

   Esta semana, bem como as anteriores, passaram muito rápido, num suspiro e assim se passou. É incrível que quando gostamos do que fazemos e temos uma ótima equipa à nossa volta e que faz de tudo para que não nos falte nada em termos de conhecimentos, as coisas correm muito melhor e nem damos pelo tempo passar e é o que tem acontecido ao longo deste estágio. Muito sinceramente, agradeço a todos aqueles que tem feito com que o meu estágio esteja a ser muito produtivo.

   Ficam algumas imagens da colheita de alimentos:


Documentos a preencher no ato da colheita


Ementa da semana


Zona de refeitório


Amostra da refeição: douradinhos com arros e salada de alface


A realizar a colheita


Bom resto de fim-de-semana a todos os meus leitores :)

Clínicas Dentarias


   Olá meus seguidores, o tema que vos trago hoje é sobre Clínicas Dentárias. Nesta publicação vou dar a conhecer o que são, que tipo de serviços devem prestar, quais os cuidados a ter quando se escolhe uma clínica dentária e qual o papel do TSA neste tema.
   
   Em primeiro lugar, referir que a Portaria n.º 268/2010 de 12 de Maio, considera "clínicas ou consultórios dentários as unidades ou estabelecimentos de saúde privados que prossigam atividades de prevenção diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos dentes, boca, maxilares e estruturas anexas, independentemente da forma jurídica e da designação adotadas, no âmbito das competências legalmente atribuídas a cada um dos grupos profissionais envolvidos".
   Esta portaria para além de referir o que são clínicas dentárias, define ainda as condições que estas devem ter, quais as informações que devem dar aos utentes, os tipos de regulamentos que estas devem ter, quais os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício da atividade das clínicas ou consultórios dentários.

   Perguntam vocês, o porquê de falar deste tema, o que este tema tem a ver com o TSA?

   Estou a falar deste tema, porque para além de ser um tema interessante, o TSA tem um papel a dizer sobre a qualidade dos serviços prestados e para avaliar a prestação deste serviços, compete-lhe realizar a "Vigilância Sanitária de Clínicas e Consultórios Dentários" , através da realização de vistorias aos estabelecimentos e aplicar uma check-list no local. É ainda de prever, a repetição periódica destas vistorias. Nas vistorias que o técnico faz, os objetivos são de implementar ações normalizadas, susceptíveis de minimizar os riscos resultantes  de indesejáveis más condições estruturais ou de más práticas com origem nos estabelecimentos privados prestadores de cuidados de saúde oral. 
   Como referi, no ato das vistorias, o TSA faz-se acompanhar por uma check-list, feita pela DGS. São vários os campos que a check-list abrange, nomeadamente: Informações gerais sobre a clínica/consultório dentário; Organização e funcionamento; Requisitos Técnicos; Área de Pessoal. Após a conclusão da vistoria, o TSA informa no local o que há para melhorar, mas posteriormente envia também o relatório para a clínica.


Primeira página da Check-list a aplicar


   O TSA tem um papel ativo na vigilância das clínicas dentárias, o objetivo é que estas sejam excelentes, tenham condições excelente, mas isso nem sempre acontece. É preciso muito cuidado quando escolhemos um consultório ou clínica dentária, pois é a nossa saúde que é colocada em causa (se estas não estiverem a funcionar corretamente). 

   Em Portugal, felizmente existe um cuidado geral neste tipo de estabelecimentos, mas de vez em vez, surgem casos que nos deixam de boca aberta de como é possível ocorrer num país desenvolvido.
   Dou-vos a conhecer uma noticia que surgiu em 2010 e que foi publicada pelo jornal Diário de Noticias:

  " Riscos para a saúde em 33% dos consultórios dentários

   Cinco unidades fecharam total ou parcialmente e sete tiveram de eliminar materiais irregulares ou fora de prazo.


   Um terço das clínicas dentárias tem condições de higiene que podem gerar perigo ou risco grave para a saúde pública. 
A conclusão integra o relatório da Inspecção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), no âmbito de uma fiscalização a consultórios privados, feito com o apoio da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD).
 Das 36 clínicas investigadas, 12 foram alvo de medidas cautelares de saúde pública, como o encerramento".(toda a noticia aqui)

   O excerto de notícia que dei a conhecer, revela que muitas clínicas põem em causa a saúde pública e isto não pode acontecer! Os médicos dentistas possuem conhecimentos elevados e como tal, não se admite que estes profissionais tenham estabelecimentos a funcionar em péssimo estado! Muitas das vezes, estes profissionais julgam-se "mais que os outros" e isto não pode ocorrer, mas felizmente, cada vez mais existem fiscalizações a estes estabelecimentos.
    Para terminar, deixo-vos mais um caso de clínicas dentárias que foram encerradas no Algarve:






  Fontes:


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Estrutura residencial para idosos

   O tema que vos trago hoje é sobre os Lares/estruturas residenciais para idosos, tema este que muito há para referir e ainda muito a fazer. 
   Trago-vos este tema, pois esta semana realizei uma vistoria a uma Estrutura Residencial para idosos em Albufeira, assim, acho importante falar um pouco sobre este tema, pois tomos nós caminhamos para velhos, todos os dias, basta estarmos vivos para envelhecer. Cada vez mais existem maus tratos a idosos, mas aqueles que os praticam esquecem-se que amanhã podem ser eles a sofrer na pele o que fizeram, por isso é importante termos consciência da importância de ser idoso e o que fazer para termos um envelhecimento digno.


Valorizar o idoso


   Para iniciar o tema, o que é uma estrutura residencial para pessoas idosas? Segundo a Portaria n.º 67/2012 de 21 de Março, "considera-se estrutura residencial para pessoas idosas, o estabelecimento para alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem" e quais são os objetivos que constituem a estrutura residencial? São os seguintes: 
  • Proporcionar serviços permanentes e adequados à problemática biopsicossocial das pessoas idosas;
  • Contribuir para a estimulação de um processo de envelhecimento ativo;
  • Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação intra-familiar;
  • Potenciar a integração social.
   Para além do referido anteriormente, a estrutura residencial deve permitir uma convivência social e uma participação ativa dos familiares, pois são dois pontos que os idosos sentem mais falta quando entram numa estrutura deste tipo.
   Uma estrutura residencial para idosos, tem que cumprir determinados pontos que vêm descritos na portaria referida anteriormente, nomeadamente no que diz respeito ao acesso à informação; condições de implementação; acessos ao edifício; áreas funcionais a ter...

   Hoje em dia, existe muita oferta de estruturas residências, mas nem todas as estruturas estão em ótimas condições e não cumprem os regulamentos e a Lei, como tal, é preciso ter muita atenção quando se escolhe uma estrutura residencial para idosos, pois estes na maioria das vezes já não estão com o seu estado psicologico na melhor forma, por isso é importante escolher por eles e escolher o melhor para eles.
   Antes de escolher, é de especial relevância informar-se corretamente sobre a estrutura, se esta legal, preços que pratica, se tem fácil acessibilidade, quais os serviços prestados, se os funcionários possuem formação, direitos e deveres ... não é só o conforto que é importante, mas tudo o que envolve o ambiente em volta dos idosos.
    
   Em Portugal, como se pode observar na imagem em baixo, o número de idosos tem vindo a aumentar ao longo dos anos e atualmente estamos com uma taxa mais elevada de idosos do que nascimentos de crianças.


   Mas o aumento de idosos não significa que tenhamos que os tratar mal, não, caso contrário, com um aumento de idosos, temos que olhar mais por eles e criar oportunidades para que estes envelheçam da melhor maneira e não se sintam "a mais". 
   Como referi no inicio da publicação, as estruturas residenciais para idosos dão uma grande contribuição para um envelhecimento saudável, mas é preciso saber escolher.
   
   Infelizmente, em Portugal e na maioria dos países, os organismos responsáveis, a sociedade e a própria família, não cuidam dos seus idosos e acaba muitas vezes por ocorrer casos de violência contra estes. Em Portugal, pelo menos dois idosos por dia são vítimas de crime, muitos deles agredidos pelos próprios filhos  (que acabam por só querer a reforma destes), segundo o relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima, que no ano passado registou 20311 crimes (ver noticia aqui). Para além da violência física, existe a violência psicológica que é muito pior que a física e para além destes tipos de violência, existe a violência de aumento de preços nas prestações de cuidados de saúde. Em Portugal, mil euros mensais não chegam para se ter uma velhice digna e se não fosse os apoios da Segurança Social, a maioria não conseguia viver (ver noticia aqui).

   É necessário criar mais políticas de apoio ao idoso, mas não apenas criar, colocar em pratica. Criar medidas de envelhecimento saudável, alegre, envelhecimento ativo.
   No envelhecimento ativo, considero importante a sensibilização sobre o envelhecimento e quais as melhores formas para envelhecer. A informação deve ser dada quer aos profissionais de saúde, mas também aos familiares e ao próprio idosos. Uma das temáticas que considero importante investir é na alimentação do idoso, como fazer uma alimentação saudável e cuidada e investir também na promoção de atividades físicas, pois o idoso só por ser idoso, não significa que tem que parar, pelo contrário, há que continuar com atividades e atividade física é uma boa forma de continuarmos saudáveis e ativos.
   No Dia Mundial do Idoso, no Brasil, realizou-se uma caminhada com o intuito de celebrar este dia e promover a saúde do idoso e nem mesmo a chuva afastou os participantes, cerca de 160 idosos, com mais de 60 anos (aqui). 
   As estruturas residenciais também tem um papel importante na promoção do envelhecimento ativo e por isso, compete a estas estruturas criarem atividades para que os idosos não se sintam tristes e continuem ativos.


   Quanto ao TSA este também é importante para que o idoso tenha um envelhecimento digno, nomeadamente ao realizar vistorias às estruturas residenciais para idosos, mas também tem um papel importante na sensibilização, nomeadamente de quais os cuidados que o idosos deve ter no inverno e no verão (com as baixas e altas temperaturas que se fazem sentir(, cuidados a ter com a alimentação ... 
   Como referi no inicio, ainda esta muito para fazer, Hoje por eles amanhã por Nós.

   Deixo-vos um excelente exemplo de 3 idosos que fizeram uma apresentação de uma coreografia aos seus familiares:








Resíduos - Parte III - Resíduos Hospitalares

   Mais uma vez vou abordar o tema Resíduos, mas desta vez, os Resíduos que vou abordar, são os Resíduos Hospitalares, visto que estou a estagiar numa unidade de saúde, acho pertinente dar a conhecer o que são, o que se faz com eles, programas existentes...
   Para começar, o que são Resíduos Hospitalares? estes resíduos são aqueles "resultantes de
atividades de prestação de cuidados de saúde a seres humanos ou a animais, nas áreas da prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou investigação e ensino, bem como de outras atividades envolvendo procedimentos invasivos, tais como acupuntura, piercings e tatuagens
" (D.L 73/2011).
   De acordo com o Despacho nº242/96, os resíduos hospitalares dividem-se em resíduos não perigosos: os do grupo I e do grupo II e resíduos perigosos Os dos grupo III e do grupo IV, conforme a seguinte definição:
  • Grupo I -resíduos equiparados a urbanos -são aqueles que não apresentam exigências especiais no seu tratamento.
    • Incluem-se neste grupo:  Resíduos provenientes de serviços gerais (como de gabinetes,
      salas de reunião, salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.); Resíduos provenientes de serviços de apoio (como oficinas,jardins, armazéns e outros);  Embalagens e invólucros comuns (como papel, cartão. mangas mistas e outros de idêntica natureza); Resíduos provenientes da hotelaria resultantes da confecção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III.
  • Grupo II - resíduos hospitalares não perigosos - são aqueles que não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a urbanos. Incluem-se neste grupo:
    •  Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não
      contaminados e sem vestígios de sangue; Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue; Material de proteção individual utilizado nos serviços gerais e de apoio, com exceção do utilizado na recolha de resíduos; Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clínico e ou comum, com exceção dos incluídos no grupo III e no grupo IV; Frascos de soros não contaminados, com exceção dos do grupo IV.
  • Grupo III- resíduos hospitalares de risco biológico -são resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de incineração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior
    eliminação como resíduo urbano. Inserem-se neste grupo:
    •  Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes infecciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com exceção dos do grupo IV;  Todo o material utilizado em diálise; Peças anatômicas não identificáveis; Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados; Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos. com exceção dos do grupo IV; Sacos coletores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas;  Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas contaminados ou com vestígios de sangue; material de prótese retirado a doentes; Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue; Material de proteção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contato com produtos contaminados (como luvas, máscaras, aventais e outros).
  • Grupo IV - resíduos hospitalares específicos -são resíduos de vários tipos de incineração obrigatória. Integram-se neste grupo:
    •  Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas (até publicação de legislação específica(;  Cadáveres de animais de experiência laboratorial;  Materiais cortantes e perfurantes: agulhas, catéteres e todo o material invasivo;  Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeito a legislação especifica; Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação
      e administração.
   - Fonte:  Despacho 242/96, do Ministério da Saúde

   Após dar a conhecer a divisão por grupos, dos diversos Resíduos Hospitalares, dou a conhecer um resumo em forma de imagem dos tipos de tratamentos que estes sofrem:


Tipos de Resíduos e tipo de tratamento

   Mas antes, os resíduos tem que ser depositados/separados, armazenados  na fonte e depois é que são enviados para as entidades que fazem o tratamento.
     Os resíduos dos grupos I e II tem que ser depositados em recipientes de cor preta;
     Os resíduos do grupo III em recipientes de cor branca, com indicativo de risco biológico;
   Os resíduos do grupo IV em recipientes de cor vermelha com exceção dos materiais cortantes e perfurantes que devem ser acondicionados em recipientes, contentores, imperfuráveis.
    Esta separação dos resíduos por cores, acontece porque assim permite uma fácil identificação dos tipos de resíduos e permite uma melhor informação de quais os que são perigosos para a saúde humana ou não.
     Os contentores utilizados para a armazenagem e seu transporte, devem permitir um fácil manuseamento, nomeadamente os utilizados para os resíduos do grupo III e IV.
      As condições de armazenamento também devem cumprir determinadas regras, nomeadamente:
  • "Cada unidade de saúde deve ter um local de armazenamento específico para os resíduos dos grupos I e II, separado dos resíduos dos grupos III e IV. que deverão estar devidamente sinalizados.
  • O local de armazenamento deve ser dimensionado em função da periodicidade de recolha e ou da eliminação, devendo a sua capacidade mínima corresponder a três dias de produção. Caso seja ultrapassado o prazo referido no número anterior e até um máximo de sete dias, deverá ter condições de refrigeração.
  • O local de armazenamento terá as condições estruturais e funcionais adequadas a acesso e limpeza fáceis.
  • Sempre que se justifique, deverá existir um plano específico de emergência." (Despacho 242/96 de 5 de Julho)
    Por fim, a última fase é o transporte para as unidades que fazem o tratamento especifico de cada grupo (para saberem mais sobre os tipos de tratamento/vantagens e desvantagens, aqui - pág 47).

    No ano de 1999 criou-se em Portugal o "Plano Estratégico dos Resíduos Hospitalares 1999-2005", o primeiro na área dos resíduos hospitalares, que foi aprovado no mesmo ano, através do Despacho Conjunto n.º 761/99, de 31 de agosto.
   "O PERH 1999-2005, da responsabilidade dos Ministérios da Saúde e do Ambiente, veio estabelecer o enquadramento estratégico para o período entre 1999 e 2005, com objetivos a alcançar para os anos de 2000 e 2005.
   Finda a sua vigência, e mantendo-se a necessidade de assegurar uma gestão adequada deste tipo de resíduos, pelos riscos potenciais associados e perigosidade intrínseca, para a saúde e para o ambiente, o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, através da Agência Portuguesa do Ambiente, o Ministério da Saúde, através da Direcção-Geral da Saúde, e o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, através da Direcção-Geral de Veterinária, procederam à revisão do PERH 1999-2005, à luz do novo quadro legislativo, da evolução tecnológica e de um conhecimento atualizado, para o período de 2010-2016, alargando a sua abrangência à vertente da saúde animal.



   Após dar a conhecer um pouco sobre este vasto tema, vou referir um pouco o que penso deste.

   Resíduos Hospitalares é um tema que só fiquei a conhecer há quase quatro anos atrás, quando iniciei a minha licenciatura. Não sabia o que se fazia, que existia um Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares, que tipos de grupos havia e muito menos, quais os tratamentos que cada grupo sofria.
   Logo no primeiro ano de licenciatura, tive que realizar um trabalho sobre este tema e confesso que desde o inicio fiquei interessada em saber mais sobre este tema e tenho tido desde aí um carinho especial pelos Resíduos Hospitalares, pois são Resíduos em que existe muita informação, mas ainda assim, a informação que existe é pouca e como tal, estão constantemente a realizar estudos sobre o tema.
   A saúde e o ambiente são os que são mais afetados, se a Gestão dos Resíduos Hospitalares não for efetuada da melhor forma. Em termos de saúde, os trabalhadores que lidam diariamente com este tipo de resíduos são os que correm mais risco, como tal, é necessário investir cada vez mais na formação destes profissionais, para perceberem de melhor forma os riscos que correm e quais os equipamentos de proteção individual a utilizar.
   Quanto ao ambiente, se os resíduos não forem colocados nos sítios corretos, podem ocorrer casos que acabam por prejudicar o ambiente e paralelamente, a saúde humana. Deixo uma noticia de um caso que ocorreu, em que seringas e pensos de origem desconhecida apareceram a boiar no mar da praia do Carneiro, no Porto, junto à foz do Douro:

 -  "Lixo hospitalar encontrado no mar da praia do Carneiro
    Publicado a 09 JUL 13 às 21:17

    Os banhos nesta praia do Porto foram interditados durante duas horas para que o lixo fosse retirado, mas também para que as autoridades pudessem perceber o que se passou.

Lixo hospitalar, seringas e pensos de origem desconhecida apareceram, esta terça-feira à tarde, a boiar no mar da praia do Carneiro, no Porto, junto à foz do Douro.
   «Rapidamente, o nadador-salvador interditou a utilização da praia pelos banhistas e a Polícia Marítima dirigiu-se para o local e recolheu algumas provas», explicou Raul Risso, da Polícia Marítima.
   Com a bandeira vermelha colocada de imediato no local, os agentes retiraram tudo o material que encontraram na água, mas admitem que algum lixo acabou por ser levado pelas ondas.
   Em declarações à TSF, este elemento da Polícia Marítima explicou que na base da interdição da praia durante duas horas esteve uma questão de precaução, até porque o material encontrado não era muito.
   «Resolvemos interditar a praia, colocar a bandeira vermelha e não deixar os banhistas irem a banhos para podermos observar e entender o que se estava a passar», concluiu." (Fonte- TSF).

   Para ver vídeo sobre a noticia, aqui

   Para concluir, deixo um vídeo que faz um pequeno apanhado do que são Resíduos Hospitalares e ainda algumas fotografias que tirei à zona de armazenagem dos Resíduos Hospitalares do Centro de Saúde de Olhão:




Vista exterior da zona de armazenagem, com identificação de risco biológico
 

Equipamentos de Proteção Individual obrigatórios

Vista interior da zona de armazenagem dos Resíduos Hospitalares

Contentores de armazenamento de Resíduos Hospitalares - Grupo III e IV


Recipiente para perfurantes