Aproxima-se a estação do ano que mais detesto: o inverno, mais propriamente, as temperaturas que se fazem sentir durante o período do inverno!
Detesto mesmo o inverno, não tenho paciência nem o meu corpo se adapta ao frio,
a circulação do sangue pará diversas vezes nos dedos das mãos e pés, fico com
frieiras nas mãos, o nariz está sempre a “pingar” devido às constipações que
apanho e nem que use quilos de roupa o frio passa, só mesmo quando estou em
frente à lareira, muito aconchegadinha.
Como eu, existem milhares de pessoas que detestam o frio
e que têm que ter cuidados redobrados para conseguirem fazer coisas básicas
como sair à rua. Como se aproxima o “maldito” frio, vou aqui deixar uns quantos
conselhos e explicações sobre o frio, bem como referir quais os grupos mais
vulneráveis.
Os grupos mais vulneráveis susceptíveis aos efeitos do
frio são principalmente os bebés e as pessoas idosas, visto não terem grande percepção das alterações de
temperatura, mas para além destes, são também vulneráveis ao frio, as pessoas
que têm doenças cronicas, em especial cardíacas, vasculares, respiratórias,
reumáticas, diabetes e doenças da tiroidea. As pessoas que têm problemas de
saúde mental e alcoolismo e as pessoas com fraca mobilidade.
A exposição ao frio debilita fortemente o estado de saúde
de uma pessoa e pode ter repercussões negativas na morbilidade e mortalidade. A
maioria dos países Europeus registam uma taxa de mortalidade de inverno,
superior à registada no verão (EEA,2008).
A exposição ao frio intenso tem consequências. As
principais consequências diretas da exposição prolongada ao frio intenso são:
- Enregelamento – é uma lesão da pele e dos tecidos subjacente (principalmente no nariz, orelhas, dedos ou pés). Os primeiros sintomas são a sensação de formigueiro seguida de dormência ou dor nas extremidades afetadas. O risco de enregelamento é maior nas pessoas com problemas de circulação sanguínea ou que não usam vestuário adequado. Nos casos mais graves, pode provocar danos permanentes no corpo ou levar à amputação. ---- No meu caso é o que acontece...enregelamento (maldito frio!).
- Hipotermia – ocorre quando a temperatura corporal cai significativamente abaixo do normal (<35ºC) e afeta o funcionamento do organismo. A situação pode ser crítica ou fatal quando a temperatura do corpo cai abaixo de 32°C. Os sinais de alerta precoce de hipotermia são: tremores excessivos, lábios e dedos azuis, fala arrastada, má coordenação, confusão e dificuldade de raciocínio.
Algumas
recomendações:
- cobrir as extremidades (mãos, pés, cabeça)
- usar várias peças de roupa em vez de uma única de tecido grosso
- manter a roupa seca e folgada (não dificulta a circulação sanguínea)
- dar preferência a roupa de algodão, linho e seda
- calafetar janelas e portas para evitar a entrada de frio e a saída de calor
- ter cuidado na utilização de lareiras em locais fechados devido à possível formação de monóxido de carbono (gás letal). Deve garantir a renovação de ar, abrindo um pouco a janela/porta
- não utilizar aquecedores elétricos próximo de cortinados e não usá-los para secar roupa
- utilizar botijas de água quente sob vigilância, de modo a evitar o risco de queimadura
- instalar um termómetro em local visível mantendo a temperatura entre os 19-22ºC
- beber líquidos mornos (sopas, chá, leite)
- comer alimentos ricos em vitaminas e sais minerais que protegem contra infecções.
A
DGS preocupada com o bem estar dos cidadãos, criou um Plano de Contigência para
as Temperaturas Extremas Adversas – Módulo
Frio (PCTEA-Módulo Frio). Este
Programa tem como objetivo prolongar o sistema já existente de vigilância e
monitorização da temperatura do ar, com vista a ativar ALERTAS sempre que haja
risco para a saúde da população. O Programa decorre entre 15 de Novembro a 30
de Março (período em que ocorre temperaturas mais frias).
Os mecanismos e circuitos de comunicação de dados e
informações relevantes para o funcionamento do sistema são os mesmos do PCTEA-MÓDULO
CALOR requerendo uma estreita articulação entre o Departamento de Saúde
Pública e Planeamento que emite os Alertas, as Autoridades de Saúde e Serviços de urgência em
articulação conjunta com as entidades externas.
Os três níveis de ALERTA são:
O Módulo Frio do Plano tem como objetivo geral, minimizar os efeitos negativos das temperaturas baixas na saúde da população do Algarve, durante o período outono/inverno. Estão definidos os seguintes objetivos específicos:
- Acionar o Sistema de Previsão e Alerta e Resposta;
- Avaliar Diariamente o Risco da saúde da população do Algarve;
- Definir o Nível de Alerta e comunica-lo en tempo útil;
- Reforçar e Adequar os Cuidados de Saúde da População e, em função do Nível de Alerta, acionar mecanismos de resposta a desenvolver pelos Serviços de Saúde;
- Divulgar Recomendações à população em geral e às entidades com responsabilidades na proteção da população, sobre medidas e procedimentos a adotar em situação de frio intenso.
Mantenha-se informado sobre o estado do tempo e
níveis de alerta.
Agasalhe-se devidamente, escute quem sofre com o frio! Esteja atento(a) aos alertas emitidos pela DGS e de preferência e se puder, fique em casa, junto à lareira, para ficar bem quentinho(a), se pode-se era isso que fazia durante todo o inverno.
Em caso de dúvidas contacte a linha de Saúde 24: 808 24 24 24
Agasalhe-se devidamente, escute quem sofre com o frio! Esteja atento(a) aos alertas emitidos pela DGS e de preferência e se puder, fique em casa, junto à lareira, para ficar bem quentinho(a), se pode-se era isso que fazia durante todo o inverno.
Em caso de dúvidas contacte a linha de Saúde 24: 808 24 24 24
Volta verãooo...estás perdoado!
Fontes:
- Folheto Módulo Frio - ARS Algarve
- Plano de Contigência - Módulo Frio - ARS Algarve
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