quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Friooooo!



   Aproxima-se a estação do ano que mais detesto: o inverno, mais propriamente, as temperaturas que se fazem sentir durante o período do inverno! Detesto mesmo o inverno, não tenho paciência nem o meu corpo se adapta ao frio, a circulação do sangue pará diversas vezes nos dedos das mãos e pés, fico com frieiras nas mãos, o nariz está sempre a “pingar” devido às constipações que apanho e nem que use quilos de roupa o frio passa, só mesmo quando estou em frente à lareira, muito aconchegadinha.
   Como eu, existem milhares de pessoas que detestam o frio e que têm que ter cuidados redobrados para conseguirem fazer coisas básicas como sair à rua. Como se aproxima o “maldito” frio, vou aqui deixar uns quantos conselhos e explicações sobre o frio, bem como referir quais os grupos mais vulneráveis.
  Os grupos mais vulneráveis susceptíveis aos efeitos do frio são principalmente os bebés e as pessoas idosas, visto  não terem grande percepção das alterações de temperatura, mas para além destes, são também vulneráveis ao frio, as pessoas que têm doenças cronicas, em especial cardíacas, vasculares, respiratórias, reumáticas, diabetes e doenças da tiroidea. As pessoas que têm problemas de saúde mental e alcoolismo e as pessoas com fraca mobilidade.
   A exposição ao frio debilita fortemente o estado de saúde de uma pessoa e pode ter repercussões negativas na morbilidade e mortalidade. A maioria dos países Europeus registam uma taxa de mortalidade de inverno, superior à registada no verão (EEA,2008).
   A exposição ao frio intenso tem consequências. As principais consequências diretas da exposição prolongada ao frio intenso são:
  • Enregelamento – é uma lesão da pele e dos tecidos subjacente (principalmente no nariz, orelhas, dedos ou pés). Os primeiros sintomas são a sensação de formigueiro seguida de dormência ou dor nas extremidades afetadas. O risco de enregelamento é maior nas pessoas com problemas de circulação sanguínea ou que não usam vestuário adequado. Nos casos mais graves, pode provocar danos permanentes no corpo ou levar à amputação. ---- No meu caso é o que acontece...enregelamento (maldito frio!).
  • Hipotermia – ocorre quando a temperatura corporal cai significativamente abaixo do normal (<35ºC) e afeta o funcionamento do organismo. A situação pode ser crítica ou fatal quando a temperatura do corpo cai abaixo de 32°C. Os sinais de alerta precoce de hipotermia são: tremores excessivos, lábios e dedos azuis, fala arrastada, má coordenação, confusão e dificuldade de raciocínio.
   Algumas recomendações:
  • cobrir as extremidades (mãos, pés, cabeça)
  • usar várias peças de roupa em vez de uma única de tecido grosso
  • manter a roupa seca e folgada (não dificulta a circulação sanguínea)
  • dar preferência a roupa de algodão, linho e seda
  • calafetar janelas e portas para evitar a entrada de frio e a saída de calor
  • ter cuidado na utilização de lareiras em locais fechados devido à possível formação de monóxido de carbono (gás letal). Deve garantir a renovação de ar, abrindo um pouco a janela/porta
  • não utilizar aquecedores elétricos próximo de cortinados e não usá-los para secar roupa
  • utilizar botijas de água quente sob vigilância, de modo a evitar o risco de queimadura
  • instalar um termómetro em local visível mantendo a temperatura entre os 19-22ºC
  • beber líquidos mornos (sopas, chá, leite)
  • comer alimentos ricos em vitaminas e sais minerais que protegem contra infecções.
    A DGS preocupada com o bem estar dos cidadãos, criou um Plano de Contigência para as Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Frio (PCTEA-Módulo Frio). Este Programa tem como objetivo prolongar o sistema já existente de vigilância e monitorização da temperatura do ar, com vista a ativar ALERTAS sempre que haja risco para a saúde da população. O Programa decorre entre 15 de Novembro a 30 de Março (período em que ocorre temperaturas mais frias).

   Os mecanismos e circuitos de comunicação de dados e informações relevantes para o funcionamento do sistema são os mesmos do PCTEA-MÓDULO CALOR requerendo uma estreita articulação entre o Departamento de Saúde Pública e Planeamento que emite os Alertas, as Autoridades de Saúde e Serviços de urgência em articulação conjunta com as entidades externas.
   Os três níveis de ALERTA são:



   O Módulo Frio do Plano tem como objetivo geral, minimizar os efeitos negativos das temperaturas baixas na saúde da população do Algarve, durante o período outono/inverno. Estão definidos os seguintes objetivos específicos:

  • Acionar o Sistema de Previsão e Alerta e Resposta;
  • Avaliar Diariamente o Risco da saúde da população do Algarve;
  • Definir o Nível de Alerta e comunica-lo en tempo útil;
  • Reforçar e Adequar os Cuidados de Saúde da População e, em função do Nível de Alerta, acionar mecanismos de resposta a desenvolver pelos Serviços de Saúde;
  • Divulgar Recomendações à população em geral e às entidades com responsabilidades na proteção da população, sobre medidas e procedimentos a adotar em situação de frio intenso.

   Mantenha-se informado sobre o estado do tempo e níveis de alerta.
    Agasalhe-se devidamente, escute quem sofre com o frio! Esteja atento(a) aos alertas emitidos pela DGS e de preferência e se puder, fique em casa, junto à lareira, para ficar bem quentinho(a), se pode-se era isso que fazia durante todo o inverno. 

   Em caso de dúvidas contacte a linha de Saúde 24: 808 24 24 24



 
É quase assim  que  ando no inverno




Volta verãooo...estás perdoado!



Fontes:

Programa de Prevenção de Doenças Transmitidas por Artrópodes


   Todos dias se aprende algo novo e ainda bem que assim é, caso contrário, a vida não tinha tanto sentido. E porque digo isto? Porque tomei conhecimento no decorrer desta semana, que existe mais uma atividade no âmbito do Programa de Prevenção de Doenças Transmitidas por Artrópodes que foi criado pela ARS Algarve, como tal, fui na passada terça-feira (29/10/2013) verificar nos pontos estratégicos onde este a ser implementado, se existia algum Artrópode nas diversas armadilhas. O local foi o aeroporto de Faro. Mas antes de entrar em pormenores sobre o que vi e fiz no aeroporto, vou explicar o contexto do Programa.
   "O fenómeno de alterações climáticas, mais sentido e mediatizado na última década, tem resultado
em progressivas modificações dos ecossistemas e, consequentemente, da fauna existente em cada região, motivados principalmente pelas alterações dos padrões de temperatura, humidade,precipitação, entre outros, característicos de cada região. Ao nível da entomofauna, o fenómeno das alterações climáticas, coadjuvado com o fenómeno da globalização (facilidade no intercâmbio de mercadorias, plantas exóticas, animais de companhia e pessoas), tem determinado a distribuição geográfica de algumas espécies, a qual tem sido alterada de forma significativa. Espécies de mosquitos, que se pensavam confinadas a climas tropicais e subtropicais, quando transportadas acidentalmente para climas temperados, de que é exemplo Portugal, poderão aí encontrar condições favoráveis ao seu desenvolvimento e proliferação. Tendo em conta que grande parte das espécies de mosquitos e outros insetos podem ser vetores de doenças como a malária, febre amarela, dengue, vírus do Nilo Ocidental, encefalite japonesa, chikungunya, toscana (arbovírus – vírus transmitidos por artrópodes (arthropod-borne virus)), a sua dispersão geográfica implica o acréscimo do risco de infecção. Para a grande maioria destas doenças (re)emergentes, à exceção da febre amarela, ainda não existe vacina eficaz que permita preveni-las, ou ainda, não existe um tratamento específico para a
cada uma. Neste sentido, a forma mais eficaz de minimizar o risco é através da redução ou eliminação das espécies vetoras (mosquitos e outros insetos).
    Decisores, autoridades e população em geral necessitam de encarar a problemática dos mosquitos não apenas como fator de mera incomodidade, mas como efetivos vetores de doenças emergentes, com consequências graves para a saúde. Este paradigma exige que haja cooperação conjunta, no sentido de controlar de forma eficaz as populações de insetos vetores de doenças. Neste contexto, os principais objetivos da implementação deste Programa são os seguintes:
  •  Identificar espécies de insetos presentes na região – autótones e invasoras;
  •  Determinar o nível de infecciosidade por arbovírus;
  •  Controlar populações de insetos (minimização de risco de doença);
  •  Emissão de alertas;
  •  Ativação de Plano de Contingência.
    Conforme estabelecido no Plano de Prevenção de Doenças Transmitidas por Artrópodes – Mosquitos e no cumprimento Regulamento Sanitário Internacional (D.R. 1.ª série, N.º 12, de 23 de Janeiro de 2008), que prevê a vigilância e controlo de vetores no perímetro de portos e aeroportos, a situação atual da provável re-introdução de mosquitos invasores Aedes aegypti (proveniente da RAM e regiões tropicais e sub-tropicais) e Aedes albopictus (provenientes da Europa, nomeadamente Espanha, França e Itália), obriga a uma intensificação e reforço da vigilância da entomofauna nestes locais, complementar à vigilância já realizada durante os meses de Maio a Outubro. Assim se propõe a vigilância da entomofauna em estadios imaturos nos Portos e Aeroportos da região do Algarve, respeitando as seguintes orientações:
  • Colocação de ’oviptraps’ (armadilhas para estdios imaturos de mosquitos), na quantidade e tipologias seguintes: (Aeroporto de Faro; Porto de Portimão e Porto de VRSA)
  • As “ovitraps” são constituídas por vasos pretos (poderão ser de plástico) com cerca de 15 cm de altura e cerca de 10 cm de diâmetro, com um ou mais furos antes da superfície, com um abaixador de língua revestido por feltro vermelho (prender o feltro ao abaixador com elásticos, nunca cola, pode ser tóxico e repelente para os mosquitos); no interior dos vasos, colocar água (colocação de folhas aumentam a eficácia);
  • As ‘ovitraps’ deverão ser colocadas perto ou no meio da vegetação ou perto de edifícios (preferencialmente à sombra e em diferentes micro-habitats);
  • Registar com GPS a localização das ‘ovitraps’ (colaboração dos técnicos do DSPP);
  •  Proceder à vigilância das ‘ovitraps’ com periodicidade semanal;
  •  Verificar o nível de água;
  •  No caso de detecção de ovos ou larvas (na água ou no feltro), recolher o feltro com os ovos e/ou a água com as larvas, acondicionar e enviar para o CEVDI/INSA, de acordo com os procedimentos de imaturos do REVIVE, acompanhado de boletim de colheita de “mosquitos imaturos”, com o conhecimento do DSPP; no caso de os ovos se encontrarem na água, recolher cuidadosamente com colher ou papel absorvente e acondicionar em envelope plástico ou pequeno saco de plástico selado;
   Resumindo, este Programa que só existe e foi criado na região do Algarve, foi criado para prevenir a ocorrência de doenças transmitidas por Artrópodes que possam vir em passageiros, viajantes, de aeroportos e portos. Tendo em conta que em Faro existe um aeroporto e que este recebe centenas de voos diários, um dos pontos de monitorização deste Programa é no aeroporto, pois qualquer passageiro, bagagem ou o próprio avião pode transportar mosquitos com doenças, assim, existem diversas "ovitraps" espalhadas pelo mesmo e na passada terça-feira, o que eu fui fazer juntamente com o meu colega Miguel Parreira e as Drªs Rosário Jorge e Cármen Vieira foi verificar nos diversos pontos se estas "ovitraps" tinham algum Artrópode, felizmente não se encontrou nada. No total, existem 15 “ovitraps” espalhadas por todo o aeroporto.
    Este Programa até ao momento decorreu entre os meses de Maio a Outubro, semanalmente, mas como o Inverno se aproxima e os mosquitos não tem tanta atividade em períodos frios, o mapa de vigilância das Ovitraps que irá decorrer entre Novembro de 2013 e Abril de 2014 passa a ser de 15 em 15 dias.
   Entrar no aeroporto e "andar" por todo o aeroporto não é fácil, pois é necessário uma autorização especial para andarmos nos diversos pontos onde estão colocadas as "ovitraps", assim, a Drª Cármen teve que solicitar uma autorização especial para mim e para o meu colega, para conseguirmos seguir a aplicação deste Programa no aeroporto.
   Ficam algumas imagens tiradas no local:




Exterior do aeroporto de Faro
A mostrar o Cartão de Cidadão para poder receber o "cartão livre de acesso" ao aeroporto
Já com o cartão
A visualizar a "ovitrap"
A tirar uma fotografia à "ovitrap"

Na zona de espera do aeroporto, juntamente com o Miguel Parreira e a Drª Carmén

A inspecionar uma "ovitrap"


A inspecionar uma ovitrap


Ovitrap no exterior do edifício, com vista para a pista do aeroporto


Ovitrap identificada


Drª Carmén


No aeroporto, com vista para a pista de partidas e chegadas de aviões




   Para mais informações sobre este Programa consultar:

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não pode ser só trabalho #3

   Após a aplicação do Programa de Prevenção da Doença dos Legionários em Empreendimentos Turísticos, tiramos um tempinho e fomos conhecer melhor um dos Empreendimentos Turísticos, mais propriamente a “Pousada de Estoi” que foi construída no antigo Palácio de Estoi. Visto que estávamos num edifício emblemático, fomos conhecer em pormenor e aproveitamos para tirar algumas fotografias no local.
O Palácio está instalado numa região que regista ocupação humana desde o neolítico, com destaque para as Ruínas Romanas de Milreu. O Palácio de Estoi pertenceu inicialmente ao morgado Francisco José Carvalhal e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real, que aqui constituiu residência. O Palácio foi construído na década de 80 do séc. XVIII, em plena época do Barroco. Em 1893 foi adquirido pelo visconde de Estoi, Francisco José da Silva. Após a morte do visconde, o Palácio foi comprado em 1987 pela Câmara Municipal de Faro.
    O Palácio é constituído pelo edifício principal com os salões de chá e possuí jardins ao estilo de Versailles.
     Mais tarde, o grupo Pestana comprou o Palácio e nele construiu a Pousada de Estoi. A Pousada é constituída por 63 quartos, Spa, piscina exterior e interior, restaurante, bar e salas para reuniões.
É de facto um espaço muito bonito e aconselho todas as pessoas a visitar. A zona do Palácio é aberta ao público, bem como os jardins do Palácio.
    Para mais informações, consultar aqui.
    Ficam algumas fotografias:

Na capela do Palácio

Um dos tetos do Palácio

No salão de chá


Um dos jardins do Palácio

No exterior do Palácio

Num dos jardins do Palácio

Exterior do Palácio

No exterior do Palácio, junto ao jardim

No exterior do Palácio, junto ao jardim

Um dos jardins do Palácio


Junto a uma fonte ornamental do Palácio

Fachada exterior do Palácio

Numa das varandas do Palácio